
A transmissão no principal canal aberto do Brasil, dos jogos da seleção feminina de futebol na Copa da França é um grande marco na valorização dessa categoria. Muitos estão descobrindo a qualidade e categoria da modalidade, além de compreender que a seleção vai muito além do talento indiscutível da jogadora Marta, eleita seis vezes a melhor do mundo.
Por Fernanda Evarista
Porem esse reconhecimento, mesmo que tardio já que o primeiro jogo da seleção masculina foi transmitido a mais de cinquenta anos atrás, enaltece a história recente do futebol feminino, colocando no completo esquecimento as pioneiras desta modalidade. Mulheres como a atacante Pretinha, a ponta-esquerda Roseli, a goleira Meg, a meia Maria Taffarel e a grande craque, que sem dúvidas inspirou nossas goleadoras, a atacante Sissi, que enfrentaram o preconceito de toda uma nação, a completa falta de estrutura para a pratica do esporte por elas e o total descaso de um país que disponibilizou o uniforme usado pelos jogadores masculinos para as mulheres disputassem a sua primeira Copa do Mundo.
A evolução da seleção feminina de 1988, data da primeira convocação, até hoje se deve a representatividade deixada pelas atletas que ousaram quebrar os paradigmas e preconceitos. Infelizmente para a maioria delas o esquecimento foi o pagamento por terem levado as cores verde e amarela as primeiras copas do mundo. As que obtiveram sucesso no futebol como Sissi e Pretinha, só conseguiram, pois, saíram do país. Sendo ícones no futebol dos Estados Unidos.
Com tamanha visibilidade a torcida é para que nós brasileiros e brasileiras possamos fazer um reparo histórico, colocando essas mulheres espetaculares no lugar que mais merecem, o de pioneiras nesta grande mudança de paradigmas e conquistas.
Jogue como uma garota!
Selecao futebol femina / 1988 Selecao futebol femina / 2019
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