Por Dy Eiterer
No meu peito fiz acolhida, preparei seu ninho, mas a cama ainda está vazia.
O vento frio quase congela os sentimentos… nada os aquece a não ser (seus) sorrisos.
Choro saudades antigas, desde mil quinhentos e tal… desde terras distantes… desde sonhos surreais e coloridamente confusos. Só você vinha em preto e branco.
Pele e manto. Sons desconhecidos, lábios que cantavam.
Onde dorme o amor por esses caminhos, que não comigo? Na beira de outra cama ou na margem da minha poesia? Onde dorme o amor? Quem o nina?
Quem canta versos d’O Profeta em seus ouvidos, relembrando suas asas e doçuras?
Onde dorme o amor?
Consegue fechar seus olhos e se entregar ao vagaroso passo da noite ou, como eu, é insone e busca respostas?
Já que não o encontrei nas camas que preparei, nos braços que cedi, no peito que escancarei os sentimentos, faço-me espera, mas sempre pergunto: onde dorme o amor?

Deixe um comentário