
Segundo o cronista otomano, İbrahim Peçevi, a abertura da primeira cafeteria em Istambul, na Turquia, foi o Kiva Han, em 1475, sendo a primeira casa especializada em café do mundo.
Por Dy Eiterer
Consta que um homem chamado Hâkem (Hakam), de Aleppo, e outro chamado Şems (Sams), de Damasco, estando em Constantinopla, abriram essa grande loja no distrito de Tahtakale e começaram a fornecer café.
A partir dela, novos espaços foram surgindo e, no século XVI, em meados de 1574, as cafeterias egípcias do Cairo e as de Meca, na Península Arábica, eram importantes centros sociais e pontos de encontro de poetas e artistas.
Enquanto o Islã se expandia, o café seguia suas trilhas, ganhando espaço não só entre os muçulmanos, mas com todos os povos das novas regiões.O café passou, então, de bebida energética e saborosa para também um local de reuniões e um hábito social.
É comum até os dias de hoje que pessoas se reúnam nos cafés para apreciar a bebida, fazer reuniões, jogar, entre outras atividades.
Na Turquia, o café têm uma forte importância cultural através do “café turco”, nos pedidos de casamento. Como um prólogo matrimonial, a família do noivo ao visitar a família da noiva para pedir sua permissão e bênçãos para o casamento é recebida com um café turco.
Durante esta reunião, a futura noiva deve preparar e servir o café turco aos convidados, mas, no café do noivo, ela deve usar sal. Se o futuro noivo beber seu café sem qualquer sinal de desagrado, demonstrará que é bem-humorado e paciente.
Sobre o Café Turco: é feito em um ibrik (cezve), vasilhame próprio para seu preparo, adicionando-se o pó de café em uma moagem muito fina à água fervente e deixando-o em infusão por alguns minutos. Servido em uma xícara, a borra assenta e o café pode ser bebido. A borra que fica nas xícaras podem ser lidas (cafeomancia) de acordo com a tradição.