
Os mais novos talvez não se lembrem, mas na década de 80 havia um personagem da TV que nunca “entrou no ar”. Aparecia ao lado de uma loira – que era a única que “dava bola” para ele, e era apaixonada por ele. Ela o achava o máximo, mas ele não passava de um engodo que não conseguia jamais fazer sua carreira “decolar”.
Por Eduardo Faria
Fazia mais estardalhaço do que qualquer coisa! Essa era a deixa de Araken. Mas, porque essa introdução na nossa reflexão dessa semana?
Políticos tentando usar emendas parlamentares como um “show”, única e exclusivamente para se promoverem podem e devem nos lembrar desse e de outros personagens caricatos, pois a ação que pretendem nada mais faz do que criar uma situação monstruosa e completamente contrária aos avanços conquistados na política com a Constituição Federal de 1988.
Fazer política pública séria e comprometida não é repetir o senhor Abravanel com o seu já conhecido jargão “Quem quer dinheiro?” Espera-se que políticos saibam o mínimo sobre construção de políticas públicas, e isso pressupõe saber que somente se fortalece qualquer política pública e social aplicando-se em Fundos que distribuem as dotações (o dinheiro) de acordo com a necessidade de projetos, após a análise e aprovação dos membros de um Conselho formado por servidores públicos e membros da sociedade civil.
Qualquer coisa diferente disso não somente é contrária à construção da boa política, como não passa de engodo e promoção pessoal. Araken, além de suas peripécias na TV, tentou se tornar o “Golman” da copa de 1986, e “quase entrou para o ar” (para rememorar a expressão da época), sendo derrubado pela seleção da França.
Que os políticos “showman’s” não passem, e que também eles sejam barrados antes de causarem maiores estragos na política local! Lembrando que “qualquer semelhança com a vida real não passa de mera coincidência”, talvez premeditada.
Deixe um comentário