Dy Eiterer
Como o café renovava as energias e estimulava a criatividade, ao longo do tempo, alguns muçulmanos da cidade de Meca, na Arábia Saudita, o consideravam um problema, chegando a compará-lo com as bebidas alcoólicas, proibidas pelo Islã, de acordo com o Alcorão.
Mesmo a maioria dos muçulmanos aprovando e consumindo o café, alguns ainda o consideravam um risco à integridade dos fiéis por conta de sua ação estimulante e, em 1511, Khair Beg, um governador de Meca tentou proibir a bebida, mas o sultão do Egito mandou executá-lo e, na sequência, declarou que o café era uma bebida sagrada.

Logo após o acontecido, várias cafeterias foram abertas no Cairo e o café foi cada vez mais se afirmando no mundo árabe e ganhando importância social e comercial, até expandir para a Europa (assunto para outro post!).
No século XVII, em 1656, um grão-vizir do Império Otomano, Koprulu,ordenou que se fechassem todas as cafeterias do império sob o argumento de que, nessas casas, se discutiam e contestavam a política vigente.
Havia a pena de chibatadas para os infratores pegos na primeira vez e pena de morte por afogamento no caso de reincidência. A pena se trata de amarrar o infrator em um saco de couro e, depois, jogá-lo no Estreito do Bósforo.

Por fim, o café não ficou por muito tempo proibido e as cafeterias, ainda que fiscalizadas por questões políticas continuaram a se espalhar pelo Oriente e, logo, ao Ocidente, como veremos nos próximos capítulos.

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